Pensei em dar uma pausa nos assuntos municipais e políticos neste artigo. Tomar a liberdade de apenas compartilhar o final de semana em família, quando da comemoração dos 70 anos do meu sogro Antônio Elias Parcianello. Então, mais uma vez, me dei conta que é impossível descolar uma coisa da outra, porque meu desempenho como político depende, muito e sempre, do exemplo e do apoio familiar. Eles são a base, a força e motivação para seguir em frente.
Estas características todas encontro no “professor Elias”, o avô admirado pelos meus filhos Bernardo e Gustavo, como eles mesmo dizem, pela inteligência e brincadeiras. Um senhor grisalho que tem a disposição e alegria de um menino e por isso mesmo é o companheiro dos netos. As crianças aprendem e se divertem com ele de forma natural, simples e harmoniosa.
Foi comovente o 70° aniversário. Dias de muita alegria e conversa – sempre em alto tom, como é peculiar dos italianos – e ao mesmo tempo de fraternidade, agradecimento e paz. Impossível não relembrar a trajetória deste homem, o mais velho de nove irmãos, que veio para Montenegro, aos 12 anos, para ser interno no “Jacozinho”. Do menino e rapaz que pegava carona de caminhão para visitar a família em Tenente Portela uma vez por ano. Que ajudava a assar galeto para ganhar um “frango inteiro”, ajudava a descarregar caminhão de banana para ganhar um cacho e varria o cinema para assistir filmes.
As dificuldades, por mais incrível que pareça, não mudaram a personalidade tenaz, simples e carinhosa deste homem. Pelo contrário. Antônio Elias Parcianello enfrentou os desafios que a vida lhe impôs. Estudou e se tornou professor de Biologia. Pode se orgulhar da sua trajetória profissional. Não só por causa dos diplomas ou cargos exercidos, mas principalmente pelo reconhecimento e carinho que recebe até hoje de seus ex-alunos e ex-colegas de trabalho.
Em família, é claro, ele é o porto seguro. Junto com a esposa, Deisi, construiu um lar para criar as três filhas, Elisi, Rita e Ana. Com seu jeito sábio e ao mesmo tempo simples, alegre mas ao mesmo tempo responsável, sempre atento e presente, cuidou da formação delas e lhes transmitiu todos os seus valores. Talvez, nem tenha percebido que o maior legado ou ensinamento estava na sua história de vida e no seu exemplo.
Ainda emocionado pelas manifestações de carinho e pelo reencontro da “Parcianellada”, que veio de várias partes do Brasil para comemorar, sinto muita gratidão e orgulho de pertencer a esta família que me acolheu como filho. De ter um sogro como o “professor Elias”, ou melhor, “mestre Elias”. Que não se cansa de nos ensinar através do seu amor, dedicação, experiência e sabedoria. Parabéns meu irmão!!