Em período de campanha é comum recebermos as mensagens de candidatos. São inúmeras por dia. Chegam à caixa de correio, por e-mail ou telefone. Costumo conferir todas. Algumas, claro, com mais atenção. Outras apenas superficialmente. Cacoete de político, talvez. Ou quem sabe curiosidade – no caso de agora – de eleitor. O fato é que nesta semana recebi material de três candidatos que anunciam, sorridentes e com letras maiúsculas, a autoria de recursos para o município. Nada anormal, não fosse o fato de que se trata da mesma verba.
Isso me fez voltar à questão das emendas parlamentares e o quanto destes anúncios são verdadeiros e quais foram concretizados. O assunto não é novidade. No início do ano, inclusive, fiz um Pedido de Informação questionando quais as emendas parlamentares que o município recebeu. Na resposta, com dados desde 2005, aparecem dezenas delas. Porém, não fica claro quais as que efetivamente foram pagas ou quantas viraram obras. Pelo que pude entender a maioria ainda tramita. Grande parte não conseguiu concluir o percurso entre Brasília e Montenegro.
No entanto, todas foram devidamente anunciadas. Amplamente divulgadas, como se o dinheiro saísse do bolso dos próprios deputados. Porque não chegaram ou não foram transformadas em obras é uma incógnita. Umas foram estornadas, outras não cumpriram prazo. Para outras, ainda, faltou projeto adequado. Enfim, acabaram se perdendo no emaranhado burocrático e político que envolve as obras públicas.
Sei que minha opinião não mudará a forma como são distribuídas as emendas. Afinal, sou apenas um vereador. Certo que não tenho poder e influência para mudar o sistema, mas posso sugerir que se aprimore a forma de buscar recursos. Hoje se vai a Brasília e lá se pega a verba que está disponível. Precisamos de postos de saúde, mas só há recursos para ginásios. Queremos pavimentação, mas aceitamos dinheiro para praças. Pegamos o que estiver à mão. Não que estas áreas onde há recurso não sejam importantes, mas será que são prioridades?
Precisamos inverter o processo. Ter planejamento. Chegar a Brasília com projetos prontos, específicos, prioritários e para estes buscar recursos. Será mais eficiente. Atenderá as reais necessidades do município. Também desta forma se evitará iludir a população, já que muitas vezes, ao anunciar uma emenda, se cria expectativas que depois não se confirmam. Comunidades inteiras ficam esperando, esperando e não vêem suas demandas atendidas.Emendas parlamentares não devem ser usadas como barganha de votos. Nem tampouco para a conquista de aliados ou cabos eleitorais. Devem sim ser canalizadas para propostas específicas, obras coletivas e necessárias. Emenda parlamentar não é moeda de troca. É recurso público que deve ser bem aplicado e que merece muita responsabilidade, tanto de quem busca, quanto de quem destina.
Isso me fez voltar à questão das emendas parlamentares e o quanto destes anúncios são verdadeiros e quais foram concretizados. O assunto não é novidade. No início do ano, inclusive, fiz um Pedido de Informação questionando quais as emendas parlamentares que o município recebeu. Na resposta, com dados desde 2005, aparecem dezenas delas. Porém, não fica claro quais as que efetivamente foram pagas ou quantas viraram obras. Pelo que pude entender a maioria ainda tramita. Grande parte não conseguiu concluir o percurso entre Brasília e Montenegro.
No entanto, todas foram devidamente anunciadas. Amplamente divulgadas, como se o dinheiro saísse do bolso dos próprios deputados. Porque não chegaram ou não foram transformadas em obras é uma incógnita. Umas foram estornadas, outras não cumpriram prazo. Para outras, ainda, faltou projeto adequado. Enfim, acabaram se perdendo no emaranhado burocrático e político que envolve as obras públicas.
Sei que minha opinião não mudará a forma como são distribuídas as emendas. Afinal, sou apenas um vereador. Certo que não tenho poder e influência para mudar o sistema, mas posso sugerir que se aprimore a forma de buscar recursos. Hoje se vai a Brasília e lá se pega a verba que está disponível. Precisamos de postos de saúde, mas só há recursos para ginásios. Queremos pavimentação, mas aceitamos dinheiro para praças. Pegamos o que estiver à mão. Não que estas áreas onde há recurso não sejam importantes, mas será que são prioridades?
Precisamos inverter o processo. Ter planejamento. Chegar a Brasília com projetos prontos, específicos, prioritários e para estes buscar recursos. Será mais eficiente. Atenderá as reais necessidades do município. Também desta forma se evitará iludir a população, já que muitas vezes, ao anunciar uma emenda, se cria expectativas que depois não se confirmam. Comunidades inteiras ficam esperando, esperando e não vêem suas demandas atendidas.Emendas parlamentares não devem ser usadas como barganha de votos. Nem tampouco para a conquista de aliados ou cabos eleitorais. Devem sim ser canalizadas para propostas específicas, obras coletivas e necessárias. Emenda parlamentar não é moeda de troca. É recurso público que deve ser bem aplicado e que merece muita responsabilidade, tanto de quem busca, quanto de quem destina.