segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Artigo: "Meu livro" (19/12/2011)

Adentramos na semana de Natal e estou particularmente feliz. Peço desculpas àqueles que me transformaram no “alvo”, mas não vou usar esta “tribuna” para me defender do que tenho sido acusado, nos meios de comunicação ou mesmo neste espaço por outros articulistas. Tampouco vou responder às provocações, que tem como objetivo apenas a polêmica. Sem base consistente. Sem justificativa real e palpável.
A eleição, como já coloquei, é assunto para 2012. Podem até incitar, provocar e até mesmo espernear. Comigo é perda de tempo. Não vou mudar meu foco, minha convicção ou meu ponto de vista. Diga-se de passagem, até agora, estão corretos. Não vou entrar no debate político-eleitoral (eleitoreiro) porque não preciso disso. Sou pré-candidato a prefeito e, no tempo certo, vou encarar os debates. Falarei sobre minhas ações e propostas. Que na verdade, não é segredo para ninguém, pois tenho manifestado reiteradamente nos meus artigos semanais.
Não esperem de mim ataques pessoais. Prefiro me ater à discussão de idéias e propostas. Não esperem uma postura de vítima, porque sei o que me aguarda – desde quando resolvi voltar à vida pública - e tenho plena confiança no meu trabalho e no discernimento da comunidade. De nada adianta criar factóides ou inventar polêmicas. Melhor seria se o tempo usado fosse para esclarecer o que não está claro, demonstrar humildade e mostrar transparência. Já foi o tempo de impor vontades, de insistir com teimosia.
Bem... Voltando ao início deste texto, quero explicar o motivo da minha satisfação. Estou feliz porque neste ano a minha prestação de contas do mandato está num formato diferente. Através do livro “Montenegro: Histórias de um lugar bom pata viver”, apresento uma coletânea dos artigos que publiquei ao longo dos últimos três anos e mostro meus pensamentos, angústias, expectativas e ações.
Não tenho nenhuma pretensão literária, mas confesso que fico orgulhoso com a obra. Porque ela retrata, em cada página, o caminho percorrido. Porque ela traz, em cada linha, minhas reflexões como vereador. Porque é uma inovação em termos de prestação de contas. Também, porque mostra que não perdi o rumo. Fiz correções pelo caminho, porém sei em que porto eu quero chegar.
Ao apresentar meu livro à imprensa, me emocionei. Pela obra e pela presença da minha família. Na pessoa de minha mãe, Therezinha, e meu irmão Leandro, a alegria de honrar um legado. Pelos meus filhos Roberta, Bernardo e Gustavo, a responsabilidade de ser exemplo. Neles e por eles tenho a inspiração e o impulso para seguir em frente.
Feliz Natal!

Artigo: "Recompensa e Alívio" (12/12/2011)

Conclui a montagem da prestação de contas anual do meu mandato. Já comentei aqui neste espaço que por conta disso me dispus a reler os artigos escritos ao longo dos últimos três anos. Tarefa recompensadora, preciso admitir. Um exercício que exigiu paciência, sem dúvida, mas que trouxe uma sensação de alívio.
Recompensadora porque me fez perceber que abordei praticamente todos os temas que dizem respeito à cidade, expondo minhas considerações e opinião sobre eles. Alívio porque desde o primeiro até o último mantive a mesma postura, a mesma linha de pensamento e ação. Não mudei meu discurso, partido ou convicção.
Neste ínterim, claro, fiquei a matutar quantos articulistas políticos – com cargo eletivo ou não – podem reler o que escreveram e se orgulhar pela coerência mantida, pela fidelidade aos seus princípios e linha de atuação. Será que todos conseguem tanta satisfação ao reler o que publicaram na “tribuna”?
Lógico que entre os assuntos que abordei, há aqueles que não tiveram o desfecho esperado. Vários deles, inclusive, sequer tiveram um final. Continuam em pauta, aguardando uma definição que quase sempre está fora do alcance legislativo. Dependem de quem tem o poder de ordenar a execução. Outros foram concluídos de forma diferente do que eu almejava ou propunha. Coisas da democracia, meandros da política.
Também sei que diversas vezes fui repetitivo. Quantas vezes eu citei planejamento? Quanto falei em gestão de resultados? Quantas linhas eu dediquei à correção de rumo?
Minha prestação de contas, nesta hora, está em fase de impressão. Este ano ficará diferente, em formato e apresentação. Porém, será entregue à comunidade da mesma maneira que nos períodos anteriores. Vou às ruas fazer a distribuição. Um ritual que iniciou na campanha, em 2008, quando circulei pedindo votos, e que se transformou em compromisso do mandato. Faço questão de prestar contas e entregar o material pessoalmente. Uma forma de agradecer por ter sido escolhido como representante e ouvir, mesmo que no agito do trânsito, as opiniões, críticas e sugestões.
Por falar em ruas e ouvir opiniões, lembro das pesquisas eleitorais. Daquelas que já foram divulgadas e outras de cunho “interno” que estão para ser tabuladas. Mas isso é assunto para 2012. Antes dele tem a prestação de contas, Natal e os festejos de Ano Novo.

Artigo: "Dèjá Vu" (05/12/2011)

Dias atrás comentei neste espaço que uma pessoa que estava fora de Montenegro comentou comigo que a impressão que teve, ao retornar, foi de que estava tudo igual. E que naquele momento eu não consegui definir se tudo igual era uma expressão boa ou ruim.
Por conta da elaboração da prestação de contas do meu mandato – que costumo distribuir no mês de dezembro – andei relendo artigos escritos em 2009 e 2010 e, mesmo sem querer, acabei constatando que realmente está tudo igual. O texto veiculado no dia 20 de dezembro do ano passado, por exemplo, caberia com perfeição se fosse publicado hoje. E já falava da sensação de “déjà vu” em relação ao mesmo período de 2009. Apontava a falta de soluções definitivas, de ações pró-ativas, de planejamento.
Nesta semana, durante uma reunião que promovemos para tratar sobre drenagem urbana e resíduos sólidos – itens que não ainda não estão contemplados no Plano de Saneamento Básico Municipal – outra uma vez se verificou a necessidade de dedicar mais tempo ao estudo prévio, ao planejamento, à elaboração dos projetos.
A “postura de reação” não traz resultados positivos nem definitivos. Executar sem planejamento, sem estudo do quanto isto vai impactar na vida dos cidadãos ou sem saber como funcionará, se é viável e se vai solucionar, já não é mais admissível hoje em dia, quando há tantas ferramentas e conhecimento técnico-científico disponíveis. A prefeitura possui um quadro de técnicos capacitados. O que falta, quase sempre, é priorizar o planejamento. Estabelecer como regra a dedicação aos projetos.
Porque dependem da qualidade do projeto a captação de recursos e a eficiência das obras. Enquanto mantivermos esta “postura de reação” continuaremos atropelando etapas, cometendo falhas, devolvendo recursos, atrasando cronogramas ou gastando tempo e dinheiro para corrigir e refazer. Impossível não lembrar, neste aspecto, o conduto do Arroio Montenegro (na Rua Capitão Porfírio), a ponte sobre o Arroio São Miguel, o pavilhão no Parque Centenário ou a pavimentação da Estrada Antônio Ignácio de Oliveira, dentre tantos outros.
Ainda continuo sem saber o que significa o tudo igual daquela pessoa. Para mim, entretanto, tudo igual não é sinônimo de coisa boa. Há tempos venho dizendo que se quisermos um resultado diferente temos de fazer diferente. Se pensarmos e agirmos sempre da mesma maneira, o resultado será sempre o mesmo. Ou seja, tudo igual.