terça-feira, 29 de novembro de 2011

Artigo: "Qual a sua rua?" (28/11/2011)

Entre os e-mails que recebi na semana passada, havia um sobre a realidade política nacional. Tratava de uma palestra proferida pelo cientista político José Luciano Dias a parlamentares, gestores e futuros candidatos do PP. Reproduzo neste artigo um trecho da mensagem. O texto na íntegra pode ser acessado no site da Fundação Milton Campos, no link Publicações/Revista O Progressista.
(...) “A pressão atual é uma pressão do eleitorado sobre o sistema político, sobre as pessoas que estão no comando do sistema político no Brasil. Existe a discussão do voto em lista, do financiamento público de campanha, mas o que as pessoas querem de fato, o que as pessoas estão demandando?
As pessoas querem uma política melhor. As pessoas querem uma política que funcione melhor. Que seja mais aberta aos interesses da população, que seja mais um canal de comunicação. Porque a sociedade brasileira está evoluindo, a sociedade brasileira está em transformação. As pessoas estão ganhando mais, dispõem de mais informação, enquanto a política parece meio parada. A política, se a gente ler apenas os jornais, parece envolvida só com seus próprios interesses, sem uma preocupação maior com a pessoa que está na rua.
Temos feito palestras para várias organizações e sempre chamamos a atenção para esta realidade, para a ‘rua’. Qual é a sua ‘rua’? Qual é a ‘rua’ que lhe interessa? Qual é o seu público? Qual é a pessoa que está financiando a sua atividade? Que está bancando a sua liderança? Que está deixando ser liderado por você? É isso o que precisamos entender.
O eleitorado brasileiro está em transformação. Está pedindo ficha limpa, está cobrando fiscalização nos partidos, está pressionando os órgãos do Judiciário para tomar decisões com relação ao sistema político, quando o sistema político não toma.
Por isso, saúdo a coragem de vocês. Estão entrando em uma briga complicada porque, além da mídia, além da competição tradicional com outros partidos políticos, ainda têm de enfrentar a política antiga, a política que ainda não desistiu da cesta básica, que ainda não desistiu do apelo populista.
Questões judiciais estão fazendo com que esta política deixe o cenário brasileiro, mas nós somos capazes de colocar alguma coisa no lugar? Somos capazes de fazer com que as pessoas dêem valor a alguma coisa que não seja mais aquilo? Somos capazes de valorizar um eleitorado que está ficando mais escolarizado, mais esperto, mais inteligente?” (...)
Reflitamos sobre estas colocações. Todos nós político-partidários. Aqueles que assim como eu já possuem mandato e também aqueles que estão se preparando para ir em busca de um.

Artigo: "Tudo igual" (21/11/2011)

Por estes dias, uma pessoa que esteve fora de Montenegro nos últimos dois anos – por conta de atividades profissionais – me disse que retornou e percebeu que estava tudo igual. Perguntou-me a respeito das novidades políticas e questionou sobre a participação dos montenegrinos. Mais especificamente, sobre a participação dos jovens nos temas e decisões da cidade.
Curiosidade natural de quem está voltando. Interrogação normal de quem busca se inteirar do que está “rolando” na cidade e na política. Ainda mais quando entabula uma conversa com alguém que tem mandato.
Naquela fração de segundo – entre o ouvir a pergunta e proferir a resposta – fiquei na dúvida sobre o significado do “está tudo igual”. Será que representava algo positivo, como voltar e se sentir em casa? Ou era uma sentença pejorativa. Daquelas que implicam estagnação. Atestando que não houve melhoria nem crescimento.
Respondi que mobilizar a comunidade para os temas coletivos é um processo lento, que precisa ser construído e estimulado o tempo todo. Que as pessoas tendem, historicamente, a se preocupar com os seus problemas, com a sua situação. A grande maioria não integra discussões maiores e ainda não consegue dimensionar a força de mudança que tem a sua participação, o seu voto.
Apesar dos eventos recentes – audiências do orçamento e do contrato com a Corsan, promovidas pela Prefeitura – que tiveram ínfima presença popular, reiterei que avançamos. Que muitos assuntos antes discutidos e decididos unilateralmente, agora eram apresentados em reuniões públicas. Que a Câmara busca estimular a participação. Está atenta e disponível para inúmeros temas.
Sem aprofundar a importância de mobilizar a comunidade e no quanto a participação enriquece os debates e respalda as decisões, acabamos nos separando. Antes mesmo que eu pudesse esclarecer minha dúvida quanto ao “tudo igual”.
Fiquei a remoer sobre isso um bom tempo, porque nada pude perceber pela entonação. Não é uma daquelas pessoas que acha tudo ruim. Que só reclama ou vê defeitos. Tampouco é alienada. Pelo contrário. Apesar de jovem, é experiente. Por conta da profissão, já conheceu muitos lugares e conviveu com realidades e cidades bem distintas.
“Tudo igual”. Isto que vemos quando olhamos Montenegro?
“Tudo igual”. É bom ou ruim?
“Tudo igual”. Definitivamente, um bom tema para reflexão.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Artigo: "11 de novembro" (14/11/2011)

Estar no lugar certo, com as pessoas certas. Esta foi a impressão que ficou do evento que o Partido Progressista realizou na sexta-feira passada. Em todo o Brasil, os progressistas se mobilizaram para celebrar a data 11 de 11 de 2011. Em Montenegro, pelo menos inicialmente, tencionávamos apenas fazer uma confraternização para celebrar o “11”. O que se fez e o que se viu, no entanto, foi muito mais que isso.
Impossível ficar imune à energia de tantas pessoas que foram até o Esporte Clube Renner. Sem chance de esquecer o calor e a satisfação de quase três centenas de montenegrinos que se reuniu como se fosse uma grande família. Gente jovem e experiente. Da cidade e do interior. Antigos filiados recebendo de braços abertos quem chegava oficialmente ao partido naquele momento. Perfeita sintonia e integração.
Calorosa acolhida aos novos 140 filiados do Partido Progressista. Mais uma vez superamos nossas expectativas. Como disse no início deste texto, queríamos marcar o “11”, porém o que marcou foi o potencial agregador. É gratificante perceber que as novas adesões são resultados do movimento daqueles 152 que se filiaram no mês de setembro. Grande demonstração de força e mobilização.
Por falar em grandeza, é preciso fazer alusão aos representantes de outros partidos que se fizeram presentes. A participação deles tornou nossa festa mais rica em democracia e convivência política.
Momentos assim merecem ser comemorados, lembrados e divididos. Por isso decidi escrever sobre ele neste artigo. Uma forma de reconhecer o empenho do diretório progressista e dos seus filiados. Ao mesmo tempo, uma maneira de agradecer a todos que escolheram o PP. Também, um jeito de mostrar o quanto me sinto realizado por pertencer a esta sigla e integrar uma equipe – já que tudo aconteceu no Renner, tão tradicional e importante na área esportiva – que estimula a boa política, incentiva e destaca a atuação dos jovens e das mulheres.
11 de 11 de 2011. Mais que uma data, uma referência. Grata surpresa para quem, assim como eu, convive há muitos anos com eventos políticos. Bom exemplo para quem decidiu ingressar numa sigla e se envolver no movimento partidário.
11 de 11 de 2011. Mais que números, uma certeza: Um partido forte se constrói com ideal e propostas, muito trabalho e pessoas com disposição.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Artigo: "Panfletos" (07/11/2011)

Pequenas atitudes podem fazer uma grande diferença. Pequenas medidas podem coibir grandes problemas. Com este entendimento, encaminhamos uma Indicação ao Executivo para que seja criado um dispositivo legal que impeça a fixação indiscriminada de publicidade nos carros e motos estacionados nas ruas da cidade. A criação de uma lei municipal que proíba esta prática não pode ser iniciativa do legislador, por isso fiz o encaminhamento como sugestão.
Antes de entrar com a Indicação, apresentei a proposta ao Conselho Municipal de Meio Ambiente (Condema), à Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Montenegro/Pareci Novo, bem como aos setores da Prefeitura (Obras, Meio Ambiente e Fiscalização). Todos se mostraram favoráveis à idéia.
Sabemos que a questão dos panfletos de propaganda é bem mais ampla do que a colocação nos veículos. Muitas vezes o material é jogado no pátio das casas, colocado nas grades ou muros ou, ainda, depositado em terrenos baldios. Nem sempre é descartado, quando recebido, de maneira adequada. O material acaba, então, dentro dos bueiros e arroios, entupindo bocas de lobo e galerias, sujando ruas e passeios. A foto publicada neste jornal no sábado exemplifica bem isso. Mostra uma galeria entulhada de lixo, onde não há espaço para a vazão da água. Sem ter como seguir seu curso normal, a água escapa da galeria e acaba invadindo as construções que estão por perto, causando destruição e prejuízos.
Todavia, penso que não adianta proibirmos todas as formas de distribuição de panfletos, se não tivermos condições de fiscalizar e fazer cumprir o mínimo. Por isso, sugiro que iniciemos pela proibição das propagandas colocadas em veículos estacionados. É preciso salientar, também, que será uma lei fácil de fiscalizar, pois este tipo de publicidade ocorre quase que somente nas ruas do Centro e na via principal da Timbaúva.
Das pessoas que ouvimos, a grande maioria diz que a colocação de panfletos nos pára-brisas, portas ou vidros de carros, ou ainda nas motos, é desperdício. Fica à mercê do vento, da chuva. Quase ninguém olha ou lê. Na maioria das vezes estas publicidades caem ou são ignoradas, trazendo sérios danos à cidade. Sujam ruas e calçadas e obstruem ainda mais o escoamento de água da chuva.
Sabemos que é uma medida pequena, comparada com a complexidade da problemática das inundações sempre que chove mais forte. Mas é um começo. Quem sabe até uma oportunidade para as empresas reavaliarem a forma de distribuição dos panfletos. Ao invés de colocar nos veículos, usar suas equipes para entregar nas mãos dos pedestres, por exemplo, dando alternativa para quem não tem interesse em receber propaganda.

Artigo: "Reconhecimento Legislativo" (31/10/2011)

Inspirado nas palavras do agora Cidadão Benemérito de Montenegro, Heitor José Müller, de que “devemos celebrar mais as coisas que nos agradam”, escrevo este artigo ainda tomado pelas emoções vividas na quinta-feira passada. Aquele 27 de outubro foi especial. Trouxe-me muita satisfação. Num espaço de hora conseguimos homenagear pessoas e entidade que merecem respeito e reconhecimento.
Na sessão ordinária, antecipada por causa da solenidade que ocorreria mais tarde, aprovamos a denominação de Romeu Antônio Kirch para o centro de eventos do Parque Centenário. Justa honraria, proposta pela colega de bancada Rose Almeida. A escolha do nome do “professor Romeu” para um espaço dentro do Parque dispensa explicações. É uma singela homenagem ao “professor” Romeu, que por vários anos foi diretor de cultura do Município. Que participou ativamente do Movimento de Preservação do Patrimônio Histórico de Montenegro, atuou como secretário de saúde, dirigiu a Escola estadual São João Batista e era membro ativo da comunidade católica local.
Romeu Kirch era daquelas raras pessoas dispostas a contribuir. Da cultura ao esporte, da educação à saúde, estava sempre engajado. Apesar do seu jeito simples e discreto, mostrava garra e força nas questões que encabeçava. E não foram poucas. Muito menos fáceis. Afinal, tinham a ver com educação, cultura e saúde.
Um pouco mais tarde a Câmara homenageou os 90 anos da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Montenegro. Uma entidade empresarial forte, moderna, com a missão de promover o crescimento econômico do município fortalecendo as organizações empresariais. A sessão solene para a ACI Montenegro – hoje agregando Pareci Novo – foi uma maneira de reconhecer o empenho de todos aqueles que, desde 1921, fizeram parte da diretoria e de forma voluntária dedicaram-se ao associativismo.
Por derradeiro, porém nunca menos importante, o Legislativo outorgou ao empresário montenegrino Heitor José Muller o título de Cidadão Benemérito de Montenegro. Muito pelas suas conquistas como empreendedor, mas principalmente por causa da sua atuação junto à comunidade. Aquelas que trazem resultados. Sem alardes, sem vaidades.
A Câmara de Vereadores, por onde passam quase todas as questões municipais, também é feita de momentos como este, da sessão passada, onde reconheceu a importância e o trabalho de cidadãos montenegrinos. Até porque, uma cidade é feita de pessoas e quando elas fazem diferença, merecem ser homenageadas. É uma forma de reconhecer, mas sobremaneira de mostrar e estimular bons exemplos.