Dias atrás comentei sobre a faxina que fiz nos móveis onde guardo “minhas memórias”. Resolvi chamar assim o catatau de documentos, recortes e fotografias conservados – e agora organizados – em diversas gavetas. E na grata satisfação de reler alguns trechos daqueles velhos arquivos. Tão antigos e ao mesmo tempo muito atuais.
Com meu acervo virtual acontece algo semelhante. De vez em quando preciso “limpar as pastas”. Abrir espaço para novos arquivos. E, como no caso das gavetas, acabo reencontrando materiais já esquecidos, cuja releitura – tanto tempo depois - permite nova interpretação, tem novo significado.
Este período que dediquei à organização dos meus arquivos (nas gavetas e no computador) me fez perceber a quanto tempo eu bato na mesma tecla. Fez ver que o meu discurso é o mesmo, meu partido é o mesmo e minha convicção continua igual. Quantos de nós podemos nos orgulhar disso? Sim, porque tenho orgulho de manter a mesma postura, de ter o mesmo ideal ao longo dos anos.
Logicamente que isto não significa que eu seja imutável ou dono de uma verdade absoluta. Pelo contrário. Mudei com as mudanças. Adaptei-me ao novo. Aprendi com as vitórias e amadureci com as derrotas. Nunca fiz imposições nem busquei meu espaço desqualificando outros. Defendo idéias e propostas.
Desde sempre estou no mesmo partido. Nem sempre concordei com ele. Tampouco ele concordou comigo. Tivemos – ou eu ou o partido - de retroceder várias vezes, noutras aceitar o que a maioria decidiu. Mas é assim que funciona na democracia. É desta forma que se avança e se evolui.
O momento político que vivemos na cidade traz à tona uma questão que me inquieta, e não é de hoje. Fidelidade partidária significa ser fiel a quem? Ao que? De praxe, exige-se que os políticos sejam fiéis aos partidos. Mas e os partidos? Alguém observa ou mede o tamanho da fidelidade deles em relação aos filiados? Onde começa e termina o dever, e o direito, de um e de outro?
Penso que fidelidade tem a ver com memória. É infiel quem não cumpre o que prometeu, quem perde o rumo, quem esquece os compromissos de campanha, relega os programas de governo com os quais se comprometeu. Quem não faz a sua parte nem aceita a opinião ou parcerias de outros. Quem esquece os motivos pelos quais se elegeu.
Fidelidade não significa concordar com tudo, nem votar sempre a favor. Também é leal quem aponta erros e propõe mudanças. Quem mostra e quer um caminho diferente. Quem sustenta suas convicções e honra seu mandato.
Com meu acervo virtual acontece algo semelhante. De vez em quando preciso “limpar as pastas”. Abrir espaço para novos arquivos. E, como no caso das gavetas, acabo reencontrando materiais já esquecidos, cuja releitura – tanto tempo depois - permite nova interpretação, tem novo significado.
Este período que dediquei à organização dos meus arquivos (nas gavetas e no computador) me fez perceber a quanto tempo eu bato na mesma tecla. Fez ver que o meu discurso é o mesmo, meu partido é o mesmo e minha convicção continua igual. Quantos de nós podemos nos orgulhar disso? Sim, porque tenho orgulho de manter a mesma postura, de ter o mesmo ideal ao longo dos anos.
Logicamente que isto não significa que eu seja imutável ou dono de uma verdade absoluta. Pelo contrário. Mudei com as mudanças. Adaptei-me ao novo. Aprendi com as vitórias e amadureci com as derrotas. Nunca fiz imposições nem busquei meu espaço desqualificando outros. Defendo idéias e propostas.
Desde sempre estou no mesmo partido. Nem sempre concordei com ele. Tampouco ele concordou comigo. Tivemos – ou eu ou o partido - de retroceder várias vezes, noutras aceitar o que a maioria decidiu. Mas é assim que funciona na democracia. É desta forma que se avança e se evolui.
O momento político que vivemos na cidade traz à tona uma questão que me inquieta, e não é de hoje. Fidelidade partidária significa ser fiel a quem? Ao que? De praxe, exige-se que os políticos sejam fiéis aos partidos. Mas e os partidos? Alguém observa ou mede o tamanho da fidelidade deles em relação aos filiados? Onde começa e termina o dever, e o direito, de um e de outro?
Penso que fidelidade tem a ver com memória. É infiel quem não cumpre o que prometeu, quem perde o rumo, quem esquece os compromissos de campanha, relega os programas de governo com os quais se comprometeu. Quem não faz a sua parte nem aceita a opinião ou parcerias de outros. Quem esquece os motivos pelos quais se elegeu.
Fidelidade não significa concordar com tudo, nem votar sempre a favor. Também é leal quem aponta erros e propõe mudanças. Quem mostra e quer um caminho diferente. Quem sustenta suas convicções e honra seu mandato.