segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Artigo: "Esquisito" (10/10/2011)

Durante a semana respondi inúmeros questionamentos a respeito da proposta conjunta que está sendo construída entre o PP (meu partido), os socialistas do PSB e os comunistas do PC do B. A pergunta, invariavelmente, era sobre a possibilidade de unir tão distintas correntes políticas. Confesso que me senti esquisito com as interrogações. Por causa das diferenças? Não. Muito pelo contrário. Porque percebi a naturalidade com que eu discorria sobre o nosso trabalho e as nossas intenções.
Talvez esquisito não seja o termo mais adequado. Dá margem à conotação pejorativa, remete ao excêntrico – ainda mais quando se trata de política -, porém foi o que me ocorreu para descrever a sensação que me acompanhou ao longo dos últimos dias. Enquanto alguns procuravam trazer à tona as divergências, eu só conseguia vislumbrar as convergências. Ao passo que outros demonstravam estranheza, eu estava tranqüilo e convicto.
Esquisito... A forma natural com que formamos um grupo de trabalho. O jeito sintonizado com que a formatamos os pontos iniciais que nortearão um plano de governo, um projeto para o futuro do município.
Esquisito... Como floresceu uma união e fluiu uma proposta. A harmonia entre os pontos de vista. A proximidade. A facilidade com que discutimos as idéias, os objetivos, o município como um todo.
Esquisito sim... A integração entre as lideranças comunistas, progressistas e socialistas. Políticos que não perderam ou relegaram suas essências ideológicas, mas compreenderam que é preciso se adaptar e interagir para mudar o destino. Perceberam que suas diferenças são bem menores do que os objetivos que têm em comum. Notaram que se contrapõem e ao mesmo tempo se completam.
Esquisito... Que ainda hoje, depois do exemplo em nível federal – iniciado pelo ex-presidente Lula – e estadual, ainda haja incredulidade quanto à possibilidade de unir diferentes siglas em torno de uma proposta única, viável, factível e positiva. Em nível municipal, este é apenas o começo. Um ponto de partida. Tencionamos aprimorar, intensificar e ampliar.
Bem esquisito... Esta impressão de que estou fazendo a coisa certa. De estar no lugar certo e na companhia ideal. De que não é uma aposta pontual, nem uma união irresponsável. Pelo contrário. É um compromisso com o futuro, uma obrigação com a comunidade. Estamos confiantes de que existem muitos outros dispostos a vivenciar esta sensação, a se envolver nesta construção.
Esquisito... Nunca pensei que fosse tão bom sentir-me assim. Pior são aqueles que não se abrem às oportunidades, não permitem o contraponto, nem valorizam a diversidade. Provavelmente, ficarão fazendo do mesmo jeito e obtendo os mesmos resultados. Jamais saberão o que significa, na prática, “estar” esquisito.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Artigo: "Sentimento progressista" (03/10/2011)

Escrevo este artigo ainda tomado pela energia positiva das pessoas que participaram do Encontro Municipal do PP. Nosso evento conseguiu mobilizar - e filiar – um número expressivo de montenegrinos. Uma centena e meia – mais dois – de novos filiados não é fácil conquistar. Requer trabalho e dedicação. Inclui propostas, ideologia e objetivos. Representa trazer ao palco e colocar em cena, gente que sempre preferiu os bastidores. Ou assim atuou porque não teve alternativa.
Engana-se – ou se desvia da verdade – quem diz que os novos filiados do PP são segmentados. Naquela noite, no CTG Estância do Montenegro, local de tantos acontecimentos importantes, impregnado de cultura e tradição, conseguimos reunir empresários e trabalhadores, moradores do centro e dos bairros, políticos experientes e cidadãos que, pela primeira vez, optaram pela política partidária.
Aliás, a diversidade de adesões é fator que precisa ser exaltado. Até para que cessem as insinuações ou comentários, quase sempre velados, quanto ao foco e alcance do nosso trabalho. Aos progressistas juntaram-se montenegrinos dos 18 aos 80 anos. Vindos tanto da cidade como do interior.
Pessoas com histórias de vida diferentes e expectativas diversas, mas um objetivo comum: Participar de forma efetiva da política. Dar sua parcela de contribuição para que tenhamos o município que todos nós queremos. Os filiados - tanto os novos quanto os que já militam há mais tempo – sabem da sua responsabilidade e do seu papel para construção de uma nova realidade. Estão dispostos a lutar pela criação de um novo ambiente, mais tranqüilo, próspero e feliz.
Assim como eu, várias outras lideranças progressistas, que há anos convivem com a política partidária, ficaram emocionados com o movimento de novas filiações. Sentiram-se renovados e fortalecidos. Esta mescla de gerações ou mistura de vivências transformou-se num grande encontro de amigos.
Para nós, que tivemos a honra de presenciar um momento tão significativo, fica o sentimento de que estamos no caminho certo. Uma sensação boa que reanima e faz perceber que vale a pena, pois existem muitas pessoas com disposição para fazer a diferença. Apresentamos apenas 152, mas já preparamos, para breve, o anúncio de tantas outras.